19 December 2006

Pedaços da noite

Luz sai da frincha, é manhã Sei que o dia já desarvora Chave dos sonhos na mão Olho-te e vais embora É ter de mil desejos o esplendorE não saber sequer que se deseja!É ter cá dentro um astro que flameja,É ter garras e asas de condor!Se a luz do teu sorriso fosse fogo E o som da tua voz fosse um punhal Que brilha ao escuro na Hora do Lobo Quando um suspiro sopra um vendaval De que fontes de que águasDe que chão de que horizonteDe que neves de que fráguasDe que sedes de que montesDe que norte de que lidaDe que deserto de morteVieste tu feiticeiraInundar-me de vida. As memórias sãoComo livros escondidos no póAs lembranças sãoOs sorrisos que queremos rever, devagarO tempo não me diz nadaNem o homem da portagem na entrada da auto-estradaA ponte ficou deserta nem sei mesmo se LisboaNão partiu para parte incertaViva o espaço que me fica pela frente e não me deixa recuarSem paredes, sem ter portas nem janelasNem muros para derrubar Se me disseste que morresteNão acredito! Não posso...Andavas sempre comigoE o teu sorriso era o nossoHoje guardo o teu sorrisoFechado na minha mãoA contrastar com o sisoQue trago no coração.Enquanto for só ternura de VerãoEu vou,Enquanto a excitação der para um carinhoEu dou.Traz Uma leveza Ah, mas concertezaEu douUm outro melhor bom dia.
Bom dia! :D

0 no cravo ou na ferradura: