15 March 2009

António Botto

Recordo-me de uma vivenda, perto da casa onde passei os primeiros anos de vida, ter este nome que me era desconhecido.
Cerca de 10 anos depois escreveram-me este poema. Foi a primeira vez que li António Botto.

Se me deixares, eu digo
O contrario a toda a gente;
E, n'este mundo de enganos,
Falla verdade quem mente.
Tu dizes que a minha boca
Já não acorda desejos,
Já não aquece outra boca,
Já não merece os teus beijos;
Mas, tem cuidado commigo,
Não procures ser ausente:
- Se me deixares, eu digo
O contrario a toda a gente.

Pelo quinquagésimo aniversário da morte do poeta.

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