O mar é macho ou fêmea?

Li, esta semana, uma reportagem da Revista Única que foi o resultado de terem levado 2 jovens beirenses à praia da Nazaré. Apesar de terem 22 e 14 anos, nunca tinham visto o mar. Ou melhor, cheirado o mar!
Viram-no mais do que uma vez em fotos e na tv, tinham-no "ouvido" na internet, mas nunca se tinham deixado envolver pela maresia... :)

(A rapariga também ficou deliciada com o que descreveu como "aquela risca no horizonte que divide o azul do céu do azul da água" - é bom saber que a linha do horizonte continua com o mesmo misticismo, mesmo sobre quem não é do 122...!)

A páginas tantas, o jornalista pergunta se acham que o mar é macho ou fêmea. Tony responde "É fêmea, claro. O mar é mais romance, mais sensível, mais mulher." Helena, por sua vez, acha " que o oceano é macho. Grandioso. Tranquilo. É um homem romântico e livre."

Se me perguntassem a mim, diria claramente, fêmea. Não pelo romance ou pela sensibilidade, mas pela envolvência - é impossível estar no mar, ou em frente ao mar, e não se deixar enlear por ele... Ou será por ela? :)
Mas principalmente pela diferença de estados - o mesmo mar pode tanto ser calmo, tranquilo e paradisíaco como revolto, destrutivo e irado.
Como uma mulher.

(Sobre a música das Tucanas, as próprias escreveram esta descrição: A letra deste tema é inspirada no mar da Ericeira. O acordeão tem aqui um papel muito importante. A melodia é inspirada no próprio mar e tenta recriar os seus "estados de espírito". No início do tema, o som de mar que se ouve é feito pelo fole do acordeão.)