Não serve de nada (ficar caído no chão)

Não adianta criar barreiras, muros, escavar fossos.
Não adianta fechar as portas, trancarmo-nos a cadeado, coser a boca, olhos e ouvidos com fio de nylon.

Não funciona.

Há sempre alguém que consegue entreabrir a concha.
Umas vezes com palavras doces, outras com muita paciência e dedicação. De vez em quando há um tornado que chega, com a força de mil homens, e nos arrebata...!

Outras, por uma quaquer razão inexplicável, somos nós próprios que decidimos deixar entrar o ar fresco, e o outro com ele.
Embrulhamos o coração numa fita de cetim, com um laço grande, e entregamos de livre vontade. Assim, cheios de ímpeto e crença no novo amanhecer.

Só resta esperar que, independentemente da forma como tenha acontecido, ele saiba cuidar dos nossos afectos.

Nem toda a gente sabe. Nem todas as alturas são as devidas. Nem sempre o sol aparece no horizonte.

E é uma merda.
Pura, simples, e directamente, sem mais palavras e descrições. Uma MERDA.

Há que trabalhar para que a ferida sare numa saudável cicatriz, sem consequências de maior.
Sabes bem que as mãos estendidas ao teu redor te ajudarão, mais uma vez, a levantar, a limpar o pó dos joelhos, a ajeitar o cabelo...

Cá estamos. Cá estou :)

Gosto de ti, mais do que nunca! E admiro-te, mais do que nunca!
Porque voltaste a arriscar!

E contra isso há nada a fazer... É um jogo de sorte e azar, sem estatística válida, que decorre às escuras...
Volta a apostar!
Não desistas!