12 December 2010

A natureza humana

Há coisas que nos magoam... E que nos levam a ter reacções que são estranhas, que não reconhecemos em nós próprios. Tornam-se complicadas de avaliar, de destrinçar, de perceber se são características que fazem parte da nossa maneira de ser e se encontram camufladas até que algo as desperte ou se afloram unicamente por uma situação fora do habitual, que por consequência nos coloca no limite e a agir de forma atípica.
E à situação em si, adiciona-se a confusão mental, o não saber como agir, o ceder ao sentimento negativo e à dor ou, por oposição, manter o controlo emocional.
Juntar estas duas vertentes, a causa do desconforto e o desconforto da reacção, levam-nos a questionar um mundo...
Não sou uma pessoa muito racional... Sou mais emotiva, arriscaria a dizer reactiva mesmo. E a racionalidade que adquiri relacionada com sentimentos prende-se com calo que ganhei em alturas de dor. Ou com sarcasmo que desenvolvi como protecção...


Sinto que preciso de apurar o meu parco sangue frio.

Mas não me vou transformar em racionalidade pura e fria... Isso asseguro. Porque me tiraria parte da humanidade que tenho e que me caracteriza.

Porque não quero.
Porque não o quero para mim.



Cuidado - s.m. cautela; precaução; receio; atenção; solicitude; inquietação de espírito; objecto de inquietação; adj. meditado; imaginado; propositado; preocupado; presumido; interj. cautela! (De cuidar).

in Dicionário da Língua Portuguesa, 5ª Edição, Porto Editora, 1977.


Escrito em Agosto'06

2 no cravo ou na ferradura:

Mi said...

ó melher...
Larga os escritos antigos e escreve coisas novas!

:p

Mári len said...

:)faço das tuas as minha palavras mi! se é para recordar que sejam coisas animadas!chiça penico!:)